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Quem avisa amigo é
1985

Por oportuno, quero lhes dizer que os temas que abordamos nesta coluna sofrem um processo interessante de disputa.
Entre si, lutam, e diversamente de outras contendas ou derrotados não são marginalizados, não são esquecidos. Passam, isto sim, por uma devolução de amadurecimento, sempre na expectativa de que numa semana seja um deles o escolhido.
O de hoje percorreu um caminho longo, venceu barreiras, transpôs outros litigantes e se oferece ao leitor com o aval de sua atualidade. Tanto é o seu valor que tive a felicidade de vê-lo discutido em jornal médico por um ilustre ortopedista desta cidade. O plagio aqui é valido porque sem ratificar luta incessante que todos devem encetar contra os acidentes de bicicleta e de motocicleta.
Há um intrincado raciocínio, com vários componentes, a serem equacionados, já que os médicos e a medicina como um todo tem o dever de denunciar o agravamento do problema com o crescente numero de vitimas... enlutando e entristecendo lares, famílias e a sociedade. É assustadora a incidência de informações relatando os acontecimentos dos últimos dias, meses e anos: desastre de moto, atropelamento com bicicleta envolvida. Isto se repetindo com inúmeras variações dos acidentes, mas sempre com lesões sérias atingindo até inocentes.
Confesso-lhes que admiro a beleza, praticidade, a elegância e a versatilidade da motocicleta e da bicicleta, porém, não posso deixar de assinalar a minha preocupação com o seu uso neste transito selvagem de nossa atualidade. Em que o seu ocupante não é respeitado no seu direito, ao mesmo tempo em que deixa a desejar no seu comportamento. Portanto, o desacerto é bilateral e com este desencontro fica explicado o numero ascensional de acidentados.
Se alguns utilizam estes meios de transporte devido à crise econômica, por ser de custo mais razoável, se outros pelo modernismo que isto representa, o que não se entende é o atrevimento do mau uso, sem observar a vulnerabilidade em confronto com os veículos de maior parte, com as adversidades do solo e com o retrospecto das consequências desta fragilidade. Por exemplo, há uma flagrante desproporção entre a capacidade de arranque e velocidade de uma moto com a segurança que ela pode propiciar ao seu piloto. Neste desequilíbrio reside outra causa significativa de acidentes, se já não bastasse os oriundos pela desatenção e imperícia.
Alhures podem argumentar, que o aumento de acidentados se deve ao maior contingente dos dois veículos, a cada mês, transitando pelas nossas ruas. Isto é verdade. Mas, ninguém criou no espírito da população nenhum mandamento de proteção aos usuários, que também não são educados e condicionados suficientemente pra respeitar as leis em vigor. Todos nós somos e seremos vitimas desta desordem, porque cada santista atropelado e vitimado é um ônus para toda a comunidade.
Abundam nos hospitais e serviços traumatológicos os fraturados, lesionados, esfacelados, e continuarão acontecendo se alguma medida preventiva e curativa não for tomada em beneficio de todos. Também os necrotérios reclamam do excesso de acidentes deste tipo, onde se chora a morte abrupta, inesperada, onde a lagrima é tardia, onde o silencio nos pergunta: por quê?
Só um sorriso
1988

O sorriso traz dentro de si muita alegria. É só abrir as suas portas e admirar as suas luzes e as suas cores.
O sorriso traz, também, os sabores da vitória desde a infância até a maturidade. O sorriso, porém, pode disfarçar o ciúme, a inveja, o despeito. O sorriso pode substituir, às vezes, as lagrimas que no podem ser derramadas naquele instante. Tudo é sorriso, na festa, na dissimulação e na dor.
Amigos, um sorriso sempre é um sorriso, o de mãe que vela o filho, que observa o filho, que acarinha o filho. O sorriso que não quer retribuição, que não exige pagamento, que não trai, é o da mãe. A mãe acolhe, não expulsa, a mãe une, não desata, a mãe sorri só na euforia e não esconde a lagrima nem para o filho condenado, encarcerado, humilhado.
Cumprimentar a mãe é festejar a família. Festejar a família e louvar Deus. Deus seja louvado e louve-se a mãe e a família.
Contudo, quero também louvar, simplesmente, a mãe, aquela que só é mãe e não é esposa, mas dedica o mesmo sorriso ao seu filho. Deus seja louvado e louve-se esta mãe.
Hosana à mulher estéril, aquela que a natureza em seus caprichos não permitiu que a maternidade se concretizasse em seu ventre. Mas ser mãe não é só o dom de gerar, é também o de criar. E assim a doação assume o caráter de maternidade real. Louvada seja a mãe adotiva e louvado seja Deus.
O sorriso enigmático, porém visível encantador de Mona Lisa, de Michelangelo, resume todo o esplendor do mistério que estamos procurando interpretar. Em cada sorriso de mãe há muito de alegria, um pouco de enigma, um tanto de ternura, uma pitada de preocupação. O grande artista italiano, talentoso e admirado por todas as gerações, paradigma da perfeição, quis, através de um simples sorriso, exibir toda a magia que há nos lábios de uma mulher. E, que nós, por um direito literário, atrevido e sutil, transferimos para a mãe. Naquele rosto há aprovação prazerosa e há reprovação velada. Há alegria por alguma vitória, como há preocupação com o porvir. No sorriso daquele rosto há flechas em todas as direções, apontando para cada um de nós, para mim e para você.
Nesta altura, quero lhes contar um segredo fantástico, que sai do coração para os seus olhos. Eu também tenho uma Mona Lisa, num lindo retrato descansando sobre o piano que está na sala de visitas. O sorriso é de uma semelhança espantosa, de um mistério fenomenal, de uma beleza fulgurante, revela paz e transmite tranqüilidade. É incrível como consigo decifrar tudo o que ele pretende transmitir. Muda o seu significado de dia para dia, de momento para momento. É incrível! Em branco e preto, mas muitíssimo significativo.
Muitos leitores terão a imagem deste sorriso na lembrança da memória e recordarão com um outro sorriso aquele que deixou saudades.
Num extremo, o recém nascido quase nada sente na presença do sorriso materno durante o aleitamento, como a filha da mãe moribunda. Contudo podem crer, nos dois, há traços marcantes de mensagens e fluidos, bastante eloqüentes.
Assim eu quero homenagear as mães. Com um sorriso. Não tanto ou só com presentes materiais com telefones e telegramas, com poesias ou cartas. Com um sorriso. Vocês já viram uma pessoa sorrir e, ao mesmo, tempo derramar uma lagrima pelo canto dos olhos? Lógico que sim. Pois bem, então será assim. Para você, mãe de preto, amarelo, branco, mãe de dez, cinco dois ou três filhos ou até um só, deixo muda minha fala, esqueço versos do poeta, olhos nos olhos meigos e severos e lhe dedico um sorriso como o seu. Só um sorriso.
Tenho dito
1988

A qualidade da medicina é conseguida pela soma de múltiplos fatores.
A qualidade boa, quero dizer. Como a má também, mas dela no queremos escrever, simplesmente porque a medicina sempre deve ser exercida dentro de padrões convenientes.
O longo de nossos escritos e discursos, aqui e acolá, temos insistido no aspecto humano, material e social, como itens que se entrelaçam na assistência à saúde, todos importantes e nem sempre considerados. De uma coisa não nos podem acusar: de omitirmos esforços para a elevação da saúde da nossa gente, através todos os recursos que pudemos dispor, desde a atividade pessoal até os momentos de comando que ocupamos em vários cargos.
Desta experiência toda, trabalhamos e de boa lembrança, queremos destacar nesta oportunidade a enfermagem, o serviço prestado pela enfermagem. Pois bem, hoje é o dia do trabalho e nada mais oportuno do que comenta os deveres e insatisfações, os méritos e sofrimentos, desta classe que vive ao lado do médico, sempre. O dia é o mais apropriado, no mês de maio, no mês da enfermagem e me sinto um deles ao falar do seu desempenho e interpretar os seus anseios.
A enfermagem, em toda a sua gama de variedades, é um recurso humano fundamental e da maior importância no atendimento de cada paciente. Disto ninguém duvida. A enfermagem está pra a medicina como o bombeiro está para Policia Militar, cercada de simpatia e riscos. Como estrutura é admirada e todos louvam o seu mister. Porém, o que poucos entendem é que a remuneração desta categoria é insuficiente para o exercício da profissão, mormente pela terrível envergadura de suas responsabilidades. O que sentimos no dia a dia é puramente isto: a necessidade de se mais considerar esta gente. Geralmente feminino, com todas as suas conseqüências, porque além de profissionais, são esposas, são mães, são filhas de pais, e às vezes, doentes, são donas de casas.
Não é estranhável um médico defender a enfermagem, estranhável é não defendê-la. A melhor qualificação e aprimoramento técnico só podem vingar se houver legítima colocação financeira, de tranqüilidade e paz para si e para a família. Da enfermagem as exige abnegação, desprendimento, sacrifício, zelo, doação, como de raras profissões são solicitadas. Sigilo, risco, equilíbrio, são dotes de cada uma e de cada um. Da Elisabete e do Edson. Do Beto e da Maria Aparecida.
Sabemos muito bem, principalmente os que trabalham em hospitais, que a enfermagem é remunerada de acordo com o faturamento nosocomial. E, como esta é sempre tangente ao vermelho, fica esta bendita e ordeira categoria profissional submetida aos baixos salários. Alguma coisa precisa ser feita pra que esta situação seja mudada. Alguém tem que pegar um megafone e explicar a todos que se interessam pela saúde do povo que a enfermagem merece melhor sorte.
Roupa limpa, barriga cheia, despreocupação pessoal, são fatores que alicerçam a capacidade de trabalho. Nenhuma empresa pode comemorar o trabalho se não houver no fim da linha a compreensão pelo seu executor. Achamos que estratificação de valor a enfermagem precisa ser guindada a patamares mais elevados. Não bata a admiração e reconhecimento.
Amigos, desta forma poderemos, sinceramente, acreditar no aprimoramento técnico e na evolução da medicina em nosso meio. Esta tarefa é de todos porque todos precisam um dia da enfermeira atenciosa e competente, amiga e dedicada. Não podemos apagar o seu sorriso meigo e franco, com o desdém da incompreensão, com o menosprezo do esquecimento. Não me lembro daquela que assistiu minha mãe quando nasci, mas a bendigo. E, quero de antemão bendizer aquela que irá assistir o meu ultimo momento. Bendita.
A enfermeira que dá um comprimido ao doente, trabalha. A enfermeira que dá com um sorriso para uma palavra amiga, não só trabalha como participa da dor do paciente, penetra em seu intimo e se mistura no seu ser. Digo tudo isto e escrevo porque o médico também é um enfermeiro. Tenho dito.
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